Os
desencontros acontecem o tempo toda na vida das pessoas. Em alguns casos salvam
vidas, em outros causam desastres. Pessoas vão e vem e muitas vezes
simplesmente desaparecem das nossas vidas assim, num piscar de olhos.
Num dia estamos aqui, juntinhos,
jogando vôlei, cantando, dançando. No instante seguinte desapareceram.
Acordamos décadas depois e percebemos que aquela pessoa que foi tão importante
nas nossas vidas foi embora sem dar notícias, endereço, sem mandar cartão
postal.
Assim é a vida. Aquela melhor amiga
de infância que hoje nem sabemos se ainda está viva. Se estudou, fez faculdade,
se casou, teve filhos. Como pode ser assim tão ligeiro. Tudo já era num piscar
de olhos.
Os desencontros também podem ajudar
a refazer a vida depois de juntados todos os cacos. Alguns desencontros são
forçados por circunstâncias as quais é preferível nem saber porque.
Separações são sempre dolorosas.
Sempre causam efeito colateral. Por mais que tenhamos a capacidade de superar
as perdas, sempre fica uma dor lá no fundo que, com o tempo não incomoda mais.
Os desencontros são quase sempre
tristes. Corta por dentro, sangra. Aperta o coração. Demoramos muito para nos
restaurar. Algumas vezes entramos em depressão. Por isso, precisamos muito nos
apaixonar de novo.
O apaixonamento é um processo de
cura que ajuda a recuperar toda aquela energia perdida. E é importante dizer
que faz parte do processo de apaixonamento qualquer coisa que nos dê um novo
sentido para a vida.
Pode ser a prática de um esporte,
estudar música, escrever. Descobri que posso me apaixonar por coisas diferentes
que me dão prazer. Entrar pro coral da igreja, fazer academia, entrar para uma
ONG. Tudo que possa me fazer vibrar de novo é o bastante para me levar para o
mundo de novo.
Por isso, apesar de essa terceira
parte ser sobre aqueles momentos em que nos sentimos completamente perdidos, o
importante é perceber que vai chegar o momento do reencontro – e esse será
parte do outro livro, of course.
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